Sobre o Disco


José Kleber. Disco Serenata em Paraty, 1967. Quatro faixas.
O disco possui a versão com a capa de Djanira e a versão com capa de papel RCA, que pode ser vista abaixo:

Um disco dessa segunda versão foi a cópia utilizada para digitalização do áudio. A cópia é de propriedade de Olívia de Carle Gottheiner, amiga do Poeta de Paraty. No rótulo não consta a indicação de lado A ou B. Cada canção é numerada como 1 – Chiba do Valhacouto, 2 – Tudo isso é Paraty; 1- Agora é vida, 2 – Balada de Paraty. Na contracapa da versão fotográfica do site Discogs vem carimbado o selo “Cortezia (sic) da RCA”. A mesma ordem acima aparece numerada de 1 a 4. Contudo, no site não temos acesso à imagem do rótulo do disco para comparar as duas versões.
A capa de Djanira utiliza, além do preto e do branco, as cores verde, vermelho e azul, numa construção iconográfica de uma sereia, em primeiro plano, uma rede com dois peixes, atrás, e a cidade de Paraty estilizada ao fundo, sobre o horizonte. O chão é verde e o céu azul. O nome do disco, em caixa alta, SERENATA EM PARATY, aparece acima do nome do autor JOSÉ KLEBER. Ambos em vermelho vêm escritos sobre a metade azul superior da capa. Não há uma organização realista do espaço da cidade. As igrejas e o casario estão dispostos de forma imaginativa. Nenhuma perspectiva fotográfica da cidade tem essa disposição de prédios. Djanira assina o desenho no canto inferior direto da capa. Na contracapa do disco lê-se: LCD-1182. Serenata em Paraty. José Kleber interpreta composições suas. Os quatro títulos, mais uma foto do poeta de cabelos curtos e sem barba antecedem um texto assinado pelo autor.
“Paraty, monumento histórico e artístico nacional, mantém intangível o clima da infância que se repete nas ruas, nos sobrados, no mar que invade as calçadas e integra a cidade dentro da sua paisagem. É a cidade do mar e da infância, do amor e da saudade. A música que nasce ali está impregnada dessa nostalgia: marchas-ranchos de antigos carnavais e baladas de noite de lua. A vila comemora seus trezentos anos. Este disco faz parte dessa festa. Espero que a melodia e as palavras das minhas músicas possam transmitir um pouco do muito de poesia que Paraty possui na eternidade das suas pedras. José Kleber”.
O produtor fonográfico é a RCA Eletrônica Brasileira S.A. O produtor artístico é Ramalho Neto. Os arranjos e direção musical são do Maestro Portinho. A arte da capa de Djanira. Não consta o selo da lei “disco é cultura”, que se observa na capa de papel.