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Adeus Violão, Cartola
Sobre
Orgia hoje és minha inimiga
O sofrimento obriga
A me afastar de você.
Adeus, violão,
Amigo leal.
Estes versos que fiz devem ser
A rima final.
Em entrevista gravada em 1978, Cartola tenta se lembrar de sua composição Adeus Violão, que foi uma das três composições que deram a ele a medalha de ouro no concurso de música de escola de samba promovido pelo jornal "O País" em janeiro de 1937.

Segundo narra Jota Efegê:
A consagração daquela noitada de 26 de janeiro de 1937 quando o valor de seus sambas dava-lhe a primazia entre tantos outros compositores das Escolas rivais da sua, durou pouco. Horas depois, a fulgurante medalha que llka Labarthe fixara no peito do sambista felicitando-o com efusão transformou-se num guichê de casa de penhores (no caso o da Caixa Econômica, na Praça da Bandeira, como poderia ser a do José Cahen na Rua Silva Jardim) em duas cédulas de quinhentos mil réis e mais algumas de menor valor. Quantia que, naquele tempo, deu para melhorar a gororoba e ainda comprar um pano (terno). Afora permitir esvaziar algumas garrafas de Fidalga e Cascatinha (cervejas).
em: Figuras e Coisas da Música Popular Brasileira / Jota Efegê. - Apresentação de Carlos Drummond de Andrade e Ary Vasconcelos. — 2. ed. — Rio de Janeiro - Funarte, 2007.
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